Os 5 maiores mitos da amamentação

A amamentação está cercada de mitos que levam muitas mães a desistir muito cedo. Essas mentiras, normalmente aceitas como verdades absolutas, impedem que a criança desfrute do mais rico alimento para o ser humano no início da vida: o leite materno.

Não é raro mães se queixarem do arrependimento tardio por não terem persistido na amamentação.

“Eu devia ter insistido.”
“Sinto um imenso vazio por não ter amamentado…”
“Se eu pudesse voltar atrás…”
“Eu não sabia que podia ter sido diferente…”
“Tive medo!”

Já ouviu ou sentiu algumas dessas queixas?

O medo e as incertezas acabam se tornando maiores que o desejo de amamentar. Não é raro a mãe sucumbir aos mitos e abrir mão da experiência mais intensa e poderosa da sua vida – alimentar seu filho com o alimento produzido pelo seu próprio corpo.

Normalmente, esses mitos são trazidos e validados por parentes e amigos. Aqueles que estão mais próximos da mãe e do bebê. E assim os mitos vão se perpetuando e impedindo que muitas mães tomem a decisão mais acertada para a vida delas e dos seus filhos – a amamentação.

E afinal, que mitos são esses capazes de levar uma mãe, equivocadamente, deixar de amamentar seu filho?

5_mitos_amamentacao

1- Meu leite é fraco e não sustenta o meu filho

O leite da mãe é o alimento mais apropriado para a criança. Rico em água, proteínas e sais minerais, o leite é o alimento perfeito. A dieta exclusiva com o leite materno, até o 6º mês de vida, é tudo que a criança precisa para se desenvolver de maneira saudável e livre de doenças. Há especialistas que se referem a esse período como o quarto trimestre do desenvolvimento do bebê. É como se a gestação ainda continuasse depois do parto.

Não existe leite fraco. Cada mãe produz o leite ideal para seu filho. À medida que o bebê vai se desenvolvendo, o leite também vai se modificando para atender às necessidades de cada criança.

Para se certificar de que o bebê está conseguindo sugar tudo que precisa, basta acompanhar a balança e a quantidade de fraldas molhadas. A criança que faz xixi regularmente e apresenta ganho de peso demonstra que está bem alimentada.

“Toda vez que meu bebê chorava, alguém me dizia que era fome e que meu leite era fraco. Eu nunca acreditei, porque em cada consulta com o pediatra, ele me mostrava como meu filho estava se desenvolvendo bem e estava muito saudável.”

2- Preparar os seios para a amamentação é uma grande bobagem

Os seios da mãe são a grande preciosidade da amamentação. Eles possibilitam que esse momento especial se concretize.

Então, a qualidade dos cuidados que a mãe tem com seus seios, faz toda a diferença para o sucesso desse momento.

A pele delicada que reveste os mamilos pode ficar machucada com o atrito da sucção do bebê. Quando isso acontece, a amamentação pode se tornar extremamente difícil e dolorosa. Um momento tão especial pode se tornar um momento de extrema dor e levar a mãe a desistir.

Então, é essencial fortalecer a pele que cobre os mamilos com massagem e banhos de sol. O indicado é que esses banhos sejam de 10 minutos, duas vezes ao dia, entre 10 horas e 16 horas. Esses banhos devem começar na gestação e seguir durante todo o período de amamentação.

“Quando meu primeiro filho nasceu, senti, literalmente, na pele, a falta que fez os cuidados que eu não tive com meus seios. Sofri com as fissuras e precisei procurar o médico. Assim que soube da minha segunda gravidez, segui rigorosamente as orientações do meu médico. Tomar sol diariamente foi o primeiro deles. Dessa vez deu tudo certo!”

3- Fiz cesariana e, por isso, vai ser difícil amamentar meu bebê

A cesariana não impede a mulher de amamentar. Embora cada corpo tenha suas particularidades, todos foram preparados para a produção do leite que vai alimentar o bebê.

Entre o terceiro e quarto dia, após a cesariana, é bem provável que a mãe já esteja amamentando e saciando a fome do seu filho.

É preciso ter paciência e persistência.

“Confesso que tive medo de não ter leite, por causa da cesariana. Sentia muita dor e não tinha sinal de leite. Mas foi só medo, porque finalmente ele desceu e pude saciar a fome do meu filho.”

4- Meus seios vão ficar caídos

A amamentação não faz os seios ficarem “caídos”. Isso pode acontecer devido ao fator genético e os cuidados durante a gestação, incluindo o controle do ganho de peso.

É certo que, durante a amamentação, os seios passam por um processo intenso, pois ficam grandes, se enchem e se esvaziam de leite incontáveis vezes. Tudo isso provoca mudança e a flacidez durante esse processo acaba sendo inevitável.

Quando a amamentação se encerra, os seios da mãe vão estar diferentes: mais saudáveis e com a beleza de ter alimentado um ser humano – seu filho.

“ Durante a amamentação do meu terceiro filho, percebi que meus seios estavam mais flácidos que das outras vezes e o que é pior, um estava maior do que o outro. Mesmo meu médico me orientando que eles voltariam ao normal, eu tive medo. Mas ele estava certo. Aos poucos eles foram voltando ao normal e, quando me dei conta, eles estavam do mesmo tamanho e mais bonitos.”

5- Amamentar é fácil

Amamentar não é tarefa fácil, principalmente no início. A dor, a falta de rotina, e o cansaço podem se transformar em obstáculos que levam a mãe a desistir e interromper a amamentação.

Por isso, é fundamental preparar os seios durante a gravidez. Essa preparação significa deixá-los fortalecidos para aguentar as inúmeras mamadas dos primeiros dias. Essa frequência poderá machucar os seios da mãe e tornar a amamentação dolorosa e difícil.

A preparação, a paciência, a entrega, a disponibilidade e o amor da mãe são essenciais para que esses obstáculos sejam vencidos e a amamentação se concretize e cumpra bem o seu papel – alimentar e construir vínculos.

“Quem disse que amamentar é fácil? Não é mesmo! Pode ser tudo, menos fácil. Mas, de uma coisa eu tenho certeza: vale cada segundo! Dor, voltas rápidas para casa para não perder a hora da mamada, cansaço… Fica tudo pequeno diante da grandeza de estar com meu filho e poder alimentá-lo! ”

Mãe e filho ganham muito com a amamentação: cuidam da saúde, fortalecem os vínculos, vivem momentos especiais e únicos. Durante a amamentação, mãe e filho estão cuidando um do outro e aprendendo a enfrentar e vencer desafios. É um momento de puro amor!